Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

FÉLIX ARAÚJO FILHO

( Paraíba – Brasil )

Félix Araújo Filho (Campina Grande, 24 de outubro de 1951) é advogado criminalista, orador, poeta, intelectual, conferencista e professor de Direito Penal.
Foi político brasileiro, prefeito da cidade de Campina Grande, de 1º de janeiro de 1993 até 1º de janeiro de 1997. Também foi vereador deste município, por duas legislaturas, durante os anos de 1983 a 1992, tendo sido presidente da Câmara por duas vezes.
Tem se notabilizado por sua oratória, capacidade de convencimento e pelas relevantes defesas efetivadas no Tribunal do Júri.

É filho de Félix de Souza Araújo e Maria do Socorro Douettes Araújo.

 

GARATUJA. Campina Grande, PB: 1977- 1978.  . 
No. 3 – jan./fev. 1978     15 x 21 cm

 

CANTIGA DE FEVEREIRO
SAINDO DO SERVIÇO

Todo ferro é firme.
Todo firmamento é torto
Toda vara de ferro
Pesa menos pesado
Que o peso do almoço pesa
Quando pesa
Quando penso
Todo ferro é frio
Todo firmamento é porco
De cada ferro dobrado
O suspiro deste dia
Mesmo que não seja a conta
Quando conto
Quantos contos
Todo ferro é febre
Todo firmamento é morto
Já de Esqueleto pronto
Estirado na bancada
Prendendo na boca em fogo
O grito alo
Do primeiro grito inconfidente.

 

PAI JACÓ

Seu Manuel,
Pai Jacó
O sol é quente
É vermelho.
Tudo vermelho, Jacó.
A estronca,
A chibanca,
O carro de areia
E o saco de cimento.
E o tempo esquenta,
Arde.
O sol é quente
É um serrote
Serrote de dente, Jacó.
Suando suor brabo
Arrasta o saco de Cal
A Cal é branca
A Nuvem é branca
Mas Cal não se come, Jacó.
... e nuvem não fica, Jacó.
O tijolo fumaçando
No fumaceiro do tempo.
O tempo cai de costas
Nas costas do concreto
Cai de frente, Jacó
Por cima da barriga,
Satisfeito baforando
O mormaço do canteiro.
Mas não há mormaço sem sol
Um sol quente e vermelho
Vermelho, Jacó.
Na chave do Ferreiro
E no prumo de Abidias
E na zoada da Rua.

 

HOMEM, ARGAMASSA E PEDRA

Massa
Pedra
Massa
O Homem
Pedra

Massa
Homem massa
A mão na testa
Mais pedra
Massa
Não pensa
Pedra

Água
Na pedra
No Homem
Na massa

                  Mais massa
Pedra
Mais pressa
Massa
Quem passa
Pensa
Mais passa
Camada de massa
Camada de pedra.
Na cava
Na cova
Da pedra com massa
Como massa
Compacta
Imóvel
Amassada
Agua
Na pedra
Mais massa
É o fim
Do Homem
Da Massa.

*

VEJA e LEIA outros poetas da PARAÍBA em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/paraiba/paraiba.html

 

Página publicada em dezembro de 2021


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar